Reconheça as reações caninas
reconheça as reações caninas
Reconheça as reações caninas de acordo com sentimentos e sensações do bicho
Matéria publicada no Jornal o Estado - Fortaleza-CE
Fonte: UOL & Ricardo Tamborini -Adestrador e especialista em Comportamento Canino
Os cães não falam, mas seus movimentos e atitudes comunicam o que sentem. Por isso, decifrar as variações do comportamento do animal é importante, seja para tranquilizar o cão ou até saber a hora de parar uma brincadeira de que ele não está gostando.
Sinais universais
De modo geral, os cachorros reagem segundo um padrão às sensações e estímulos. Mas algumas raças podem apresentar variações deste “alfabeto” por conta de características físicas específicas. É o caso dos animais com orelhas muito compridas (beagle e cocker), com orelhas cortadas (pit bull e dobermann), bem como dos que têm cauda amputada (yorkshire e rottweiler). “Esses traços mascaram e dificultam a expressão corporal. Não só o as pessoas, mas também outros cães, podem ter dificuldade para ‘ler’ os comportamentos desses animais”, afirma Ricardo Tamborini, adestrador e especialista em comportamento canino.
As quatro “mais”
Cão feliz:
Para saber o que seu cãozinho quer dizer, basta observá-lo com atenção. De modo geral, quando estão felizes, os cachorros tendem a “sorrir” com a boca aberta e relaxada. O olhar é calmo e o rabo costuma balançar. As orelhas também ficam relaxadas, exceto nos animais que possuem orelhas em pé permanentemente.
Cão ansioso:
Os cães não costumam esconder quando estão ansiosos, emitindo sinais claros como se lamber ou coçar excessivamente, tremer sem motivo aparente e/ou latir sem propósito claro. O adestrador Ricardo Tamborini alerta que um erro comum é associar uma eventual tremedeira, de forma simplista, ao medo ou ao frio. “Não podemos esquecer que os cães tremem por ansiedade. No pico, os batimentos cardíacos se elevam aumentando o bombeamento do sangue, que acarreta maior irrigação nos vasos musculares e desencadeia certo enrijecimento muscular, causando tremores”.
Outro comportamento que indica ansiedade – e que costuma tirar os donos do sério – é a compulsão por roer ou destruir brinquedos e objetos da casa.
Cão agressivo:
Olhar fixo, boca fechada, corpo imóvel e, às vezes, em posição de ataque.
Este é o modelo base da agressividade, diz o zootecnista Renato Zanette.
Nesses momentos, os animais tendem a rosnar, a manter as orelhas para cima ou bem apontadas para trás (em sinal de alerta) e a cauda erguida e rígida.
Cão estressado:
Quando o cão insiste em ficar escondido em algum lugar ou muda hábitos bruscamente (por exemplo, começa a fazer xixi fora do local) o tutor precisa ficar atento porque esses comportamentos são indicadores de estresse.
O animal estressado pode também evitar contato próximo com as pessoas, desviar o olhar e caminhar com o corpo arqueado, a cabeça abaixada e o rabo entre as pernas.
Se o bicho chega a rejeitar os petiscos que normalmente adora, o grau de estresse deve estar elevado. “As causas para tamanho desconforto podem ir do medo à dor decorrente de alguma enfermidade”, afirma a veterinária Juliana Packness de Almeida.
Porém, é comum que o estresse por doença venha acompanhado de outros sinais como secreção nos olhos e no focinho, fezes pastosas ou líquidas (muitas vezes com sangue), falta de apetite e prostração.
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