Como apresentar a casa e a família ao seu recém chegado cãozinho
Como apresentar a casa e a família ao seu recém chegado cãozinho .
Preparando a casa para a chegada do filhote
Ter um cãozinho de estimação fazendo parte da família é uma experiência fantástica.
Mas para que o novo membro da família saiba como se comportar em sua nova casa é preciso mostrar-lhe tudo o que ele pode ou não fazer, como deve interagir com as pessoas, quais são os brinquedos dele e também qual o local em que ele deve urinar e defecar.
Para que tudo isso ocorra de forma agradável para o cão, é necessário passar essas informações com muita naturalidade para que ele realmente compreenda como deve se comportar no dia a dia.
No entanto, é nesse ponto que muitos donos acabam errando.
Para Ricardo Tamborini, adestrador e especialista em comportamento canino, a maioria das pessoas compra ou adota um cachorro, seja adulto ou filhote, e simplesmente o deixa explorar a casa.
“Os donos se esquecem de apresentar a ele todos os membros da família e quais cômodos da casa ele pode frequentar livremente.
E, assim, o pobre cachorro não tem ideia do que está acontecendo ou de onde ele está”, ressalta.
Pode até parecer engraçado ver o cachorro acanhado no início e, minutos depois, vê-lo eufórico, correndo por toda a casa.
Mas isso não é sinal de que está tudo sob controle. Pelo contrário. O especialista explica que, quando o cão é solto em um ambiente completamente desconhecido, sem qualquer direcionamento, todas essas associações iniciais irão se manter.
“Sem a orientação dos donos, o cão irá agir de acordo com aquilo que aprendeu sozinho e, na maioria das vezes, irá fazer o oposto do que a família deseja”, destaca.
Quando trazemos um animal para casa, devemos pensar que, apesar de aconchegante (para nós), é um local que não é familiar ao cão, pois os cheiros são diferentes daqueles a que já estava acostumado e as portas fechadas parecem não oferecer nenhuma saída.
E para piorar: se na casa já morou um outro animal de estimação, por conta do seu olfato extremamente apurado, o cheiro do antigo pet o deixará com receio de invadir o território.
Para Tamborini, o ideal é que a introdução do cão ao novo lar seja feita lentamente. “Comece com a sala, que é o local onde ele vai encontrar a comida e a água.
Deixe-o ver você preparando a comida e colocando a água dele. Isso mostra ao animal que ele depende de você para se alimentar e ajuda a estabelecer a sua liderança.
Ao colocar a ração no pote, vá chamando pelo nome, a fim de que ele associe seu nome a um momento agradável, que é a hora da refeição.
Chame-o pelo nome também na hora de brincar, dar carinho e passear, pois ele irá associar seu nome com algo de que realmente gosta muito”, ensina.
Após ter se alimentado, o animal fica mais relaxado.
Esta é a hora de mostrar-lhe o resto da casa, evitando os cômodos onde ele não deverá entrar no futuro. Depois de completar o passeio pela casa, será a hora de apresentar cada um dos membros da família, um de cada vez.
Deixe-o cheirar primeiro, procurando deixá-lo o mais à vontade possível para que, sozinho, vá até as pessoas e busque conhecê-las.
Forçar a aproximação nesse primeiro momento é bem desconfortável para o cão e pode deixá-lo amedrontado.
Por isso, muitas vezes o cachorro fica inquieto no colo e demonstra querer ficar no chão, descobrindo ainda mais o local.
O dono deve se lembrar de que um líder não vai aos seus seguidores, e sim os seus seguidores é que chegam até ele.
Após se alimentar, conhecer a casa e sua nova família, é muito provável que o cão esteja com vontade de defecar e urinar. Mostre-lhe onde fica o seu banheirinho.”
Uma dica bacana é usar algum atrativo que deve ser colocado no jornal ou no tapetinho higiênico.
Utilizar a própria urina do cãozinho no jornal ou tapetinho o deixará mais à vontade para se aliviar e facilitará esse aprendizado”, explica o especialista.
Essas dicas são bem simples e básicas.
Seguindo este passo a passo é possível ter um ótimo cão, comportado e muito obediente.
Fonte: Ricardo Tamborini é adestrador e especialista em comportamento canino
Saiba mais em: www.ricardotamborini.com.br