Seu cão come muito ou rápido demais? Saiba como ajudá-lo!
cão come muito ou rápido
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Matéria publicada no Portal BOL Notícias
Seu cão come muito ou rápido demais? Saiba como ajudá-lo!
É bastante comum cães ficarem extremamente agitados nos momentos de refeição. Em alguns casos, a fixação dos bichinhos em torno da alimentação é tão grande que, mesmo satisfeitos, eles continuam comendo com tanta voracidade que chegam, até mesmo, a passar mal.
Para ajudar, investigue as causas:
Os motivos que levam um animal a comer muito, ou rápido demais, no entanto, nem sempre são os mesmos. Para ajudá-los com mais segurança é necessário, antes de mais nada, descartar possibilidades clínicas. “Existem doenças que, em suas condições agudas ou crônicas, podem levar a um estímulo de alimentação mais voraz e de falta de saciedade”, explica a médica veterinária Gisele Sprea, da Ethos Comportamento Animal e da Clinivet de Curitiba.
A doença hormonal chamada síndrome de Cushing, por exemplo, tem como uma das características o apetite insaciável e a ação muito rápida para comer.
As falhas dos donos na hora de alimentar o cão também pode levar o animal a ter um comportamento compulsivo seja por estar desnutrido ou por obesidade. Por esse motivo, é importante que o cão seja examinado para que só então seja avaliada a melhor maneira de ajudá-lo.
Outra razão para cães afoitos nas refeições é a ansiedade em torno da comida. “A ansiedade tem um tratamento bastante amplo, porque é preciso tratar todos os aspectos, que incluem o manejo de vida do animal e todo o ambiente em que ele vive. E isso, indiretamente, também reflete no contexto de rotina familiar. Por isso a gente fala que o tratamento comportamental nunca é exclusivo do cão. É um tratamento da família. É preciso, às vezes, mudar alguns hábitos para fazer com que o cão viva bem”, explica Gisele Sprea.
Aumente os passeios e fracione mais as porções:
A falta de atividades diárias é um dos fatores que pode levar o animal a desenvolver estresse ou ansiedade. Se esse for o caso, uma das dicas é alimentar o cão várias vezes ao dia, em menor quantidade. “Vamos supor que o ideal para um cãozinho sejam 400g de ração por dia. A gente pode dar 200g pela manhã e 200g à noite. Mas se o cão for muito compulsivo por comida, essa quantidade pode ser dividida em porções servidas quatro vezes ao dia ou mais para que ele comece aprender a controlar a ansiedade”, ensina o adestrador e especialista em comportamento canino Ricardo Tamborini.
Outra orientação do profissional é aumentar a quantidade de passeios durante o dia, o que ajuda a reduzir a ansiedade e, consequentemente, a compulsão pela comida. “O cãozinho precisa ter atividade tanto fora quanto dentro de casa. Os brinquedos também ajudam a a ansiedade, e o cão começa a se alimentar de uma forma mais natural, com mais lentidão”, afirma Tamborini.
Impeça a competição entre filhotes:
Em geral, os filhotes vivem durante algum tempo com os outros animais da ninhada e, por isso, criam o hábito de comer rápido a fim de estabelecer uma hierarquia diante dos demais. Para educar um cãozinho que passa por isso, o ideal é começar a trabalhar essa questão com o animal enquanto ele ainda é filhote, entre os dois e oito meses, como ensina a veterinária Gisele Sprea. “Se tem outros cães na casa, o ideal é que eles se alimentem no mesmo ambiente. E que um aceite a presença do outro; sem temer perder o alimento ou tornar a hora de comer uma competição. Quando o tutor percebe isso, ele deve estar presente para intermediar e evitar que haja essa concorrência.”
Segundo a profissional, algumas vezes é preciso até mesmo retirar e recolocar o comedouro diante do animal enquanto ele se alimenta. Mas tudo deve ser feito com acompanhamento e orientação, para evitar casos de agressividade.
Cuidado para não estimular a gula:
A refeição do animal de estimação até pode ser servida no mesmo horário em que a família ou o tutor for se alimentar. Mas o cão deve sempre comer a comida ideal para ele. “O cão é guloso por natureza. Isso é uma característica da maioria dos animais. Então quando a gente oferece algum tipo de alimento diferente do que o cão está acostumado a comer, como, por exemplo, um bife ou uma refeição humana, isso se torna muito atrativo. E ele vai querer cada vez mais e mais. O tutor não pode incentivar isso, que pode levar a uma compulsão maior”, explica Tamborini.
Experimente apetrechos para pets afoitos:
Existem, no mercado, alguns comedouros especiais desenvolvidos para animais que comem rápido demais. Em geral, eles distribuem a ração de modo que o cão precisa enfrentar “obstáculos” para conseguir alcançá-la, o que torna o processo de ingestão mais lento. “Brinquedos educativos como, por exemplo, bolinhas em que a gente consegue colocar a ração dentro e que o furo de saída seja muito pequeno também ajudam o animal a aprender a comer aos pouquinhos”, afirma Tamborini.
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